Aplaudido, Tite exalta paixão, pede perguntas, busca bola e leva 'não'

Técnico campeão do mundo pelo Corinthians neste domingo fala sobre a relação com o clube, agradece torcida e afirma: 'Sou apaixonado até demais'

Por Carlos A. Ferrari e Leandro Canônico Yokohama, Japão

Com a taça em mãos, sorriso estampado no rosto e os olhos marejados, Tite entrou na sala de coletiva do estádio de Yokohama sob aplausos dos jornalistas presentes. Sinal do reconhecimento pelo bom trabalho que ele faz no comando Corinthians, bicampeão do mundo neste domingo (assista aos melhores momentos da vitória por 1 a 0 sobre o Chelsea). Emocionado, ele dedicou o título à torcida.

- O troféu é uma retribuição ao torcedor corintiano pelo carinho que deu à equipe. Aqueles que vieram e aqueles que não puderam estar aqui fisicamente, mas estavam presentes em espírito e alma. Em segundo plano, coloco minha família, algo mais particular. Estou realizado e satisfeito - declarou o técnico alvinegro.

Tite comemora com cartaz: 'a favela está aqui' (Foto: arte esporte)

Tite não admite, mas certamente pode ser considerado o maior técnico dos 102 anos do Corinthians. Conquistou o Brasileirão no ano passado, a Libertadores e o Mundial de Clubes desta temporada. Intenso em suas atitudes, ele está eufórico com a sua mais nova conquista, que coroa em grande estilo seu trabalho de pouco mais de dois anos.
- No Corinthians é pré-requisito ser intenso, pilhado. Atrás desse cara ponderado, tem um cara intenso no que faz, apaixonado até demais - acrescentou Tite.

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Bem-humorado, Tite deu show de simpatia em sua primeira coletiva como campeão do mundo. Quando o representante da Fifa que organizava a entrevista quis encerrar o bate papo, Tite pediu que deixasse continuar e foi atendido com mais duas perguntas dos jornalistas. Situação especial para um dia especial.
- Como campeão do mundo é gostoso, pode deixar correr essa entrevista - disse, aos risos, o técnico do Corinthians, que venceu o Chelsea por 1 a 0 na decisão.
Por fim, Tite tentou levar de recordação a bola do Mundial de Clubes, a Cafusa, a mesma que será usada na Copa das Confederações de 2013, no Brasil. Mas um outro funcionário da Fifa não deixou. O técnico, porém, não desistiu.
- Não posso levar essa? Tudo bem, eu pego outra depois - finalizou o corintiano. escolhido para ser o principal comandante do projeto traçado pelo clube.