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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Fraudadores de vestibulares cobravam até R$ 80 mil, diz PF


Polícia Federal desvendou esquema de fraude em vestibulares.
Sete líderes de quadrilhas, que agiam em 11 estados e no DF, foram presos.

Do G1 ES

A Polícia Federal prendeu sete líderes de quadrilhas que fraudavam vestibulares de medicina em faculdades de 11 estados e no Distrito Federal, nesta quarta-feira (12), na Operação Calouro. Segundo a PF, valor dos gabaritos girava em torno de R$ 45 mil a R$ 80 mil. Os esquema funcionavam de duas maneiras: falsificação de documentos ou escuta eletrônica.
De acordo com a PF, seis quadrilhas estavam no estado de Goiás e uma em Minas Gerais. Informações iniciais dão conta de que duas pessoas foram presas no Espírito Santo, até o final da manhã desta quarta-feira. A operação acontece em Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pará e Distrito Federal.
O delegado responsável pela operação informou que o esquema funcionava de duas maneirais. Na mais simples, uma pessoa envolvida na quadrilha falsificava documentos e fazia a prova no lugar do verdadeiro candidato. No outro esquema, um membro da quadrilha fazia a prova rapidamente e saia da sala. De posse do gabarito, conferia o resultado e passava as informações por meio de uma escuta eletrônica para o candidato.
De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha atuava em faculdades particulares e estaduais. No Espírito Santo, houve um caso na Unesc, em Colatina. Mas, segundo a polícia, a faculdade ajudou nas investigações e os fraudadores não conseguiram ser aprovados.
As faculdades, de acordo com o delegado responsável, não têm envolvimento com as fraudes. A polícia diz que a quadrilha atua há mais de uma década. A investigação começou há 1 anos e meio.
Segundo o delegado, muitos estudantes de medicina podem ter entrado na faculdade por meio de fraude. Até este ano, mais de mil candidatos tentaram comprar a cola. Médicos e engenheiros comandavam as quadrilhas. Os criminosos davam treinamentos aos candidatos para que eles soubessem como agir.

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