Cessão de terreno para memorial foi aprovada no dia da morte do
arquiteto.
Obra é uma homenagem a João Goulart, presidente deposto com
golpe.

A conversa de Hamilton com Niemeyer aconteceu em fevereiro de 2011, no escritório do arquiteto, em Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ali, foram feitos os últimos acertos para a execução do memorial, última obra do gênio da arquitetura aprovada para o eixo monumental de Brasília.
O G1 teve acesso a fotos e a imagens de um tour virtual (veja vídeo acima) pelo Memorial João Goulart, que terá uma peculiaridade: uma flecha vermelha onde estará inscrito: “1964”, referência ao ano do golpe militar que derrubou Jango da Presidência da República.
A nave principal do Memorial da Liberdade
Presidente João Goulart que terá 1.760 metros quadrados (Foto:
Reprodução)O filho de Jango, João Vicente Goulart, disse que foram “sete anos de luta” para a viabilização do projeto. “Foi uma pressão política muito grande. Agora que temos o terreno, vamos partir para a captação de recursos para a obra”, afirmou.
João Vicente não sabe se conseguirá concluir o prédio até abril de 2014, quando se completam os 50 anos do golpe. Mas pede reflexão: “2014 não é só o ano da Copa do Mundo. Antes disso, temos que refletir sobre tudo o que aconteceu em 1964”.
O secretário de Cultura do Distrito Federal,
Hamilton Pereira (à esq.), e Oscar Niemeyer, durante encontro no escritório do
arquiteto, no Rio, em fereveiro de 2011 (Foto: Jéferson
Paz/Divulgação)“Eu acho que, em um certo sentido, a assinatura que a Secretaria de Cultura deu aqui, na semana passada, foi uma homenagem. Não tinha sido planejada para coincidir. Esse é um processo longo, que veio pelos escaninhos da burocracia. Mas o fato é que houve essa coincidência”, afirmou o secretário Hamilton Pereira.
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