Páginas

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Médicos conhecerão paciente como um todo, e não pedaços, diz Padilha


Ministro afirmou que dois anos no SUS tornarão médico mais humano.
Obrigatoriedade faz parte do programa Mais Médicos anunciado na segunda

Do G1, em Brasília

Mais Médicos (Foto: Editoria de Arte/G1)
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira (10) que a obrigatoriedade dos estudantes de medicina em cumprir dois anos da grade curricular no Sistema Único de Saúde (SUS) tornará os médicos "mais humanos".
A obrigatoriedade faz parte do programa Mais Médicos que tem o objetivo de ampliar vagas nos cursos de medicina no país e atrair profissionais para áreas que carecem de atendimento. As vagas serão oferecidas, inicialmente, para médicos brasileiros; as que sobrarem serão destinadas a estrangeiros.
"Nós estamos preocupados com médicos bem formados. O tempo que for necessário para formar bons médicos, isso ajuda a população. Isso vai fazer a diferença na saúde pública do nosso país (...) Ao ficar dois anos imerso na atenção básica, o recém-formado vai ser um médico mais bem formado, com visão ampla e geral sobre o paciente, um médico mais humano que conheça o paciente como um todo, e não só pedaços", disse Padilha durante o programa "Bom Dia, Ministro", transmitido pela televisão estatal NBR.
Padilha afirmou que os dois anos de treinamento em serviço obrigatório não farão com que o interesse pelo curso de medicina diminua.
"Essa experiência de dois anos de treinamento em serviço foi adotada em outros países do mundo, como Inglaterra, Bélgica, com resultados muito positivos para a formação do médico e manteve, sim, o interesse de estudantes em fazer medicina", disse.
O ministro voltou a dizer que a contratação de médicos estrangeiros só acontecerá caso as vagas disponibilizadas nas unidades de saúde não sejam preenchidas por médicos formados no Brasil.
"O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação não querem médicos do exterior para disputar mercado de trabalho com médicos brasileiros. Caso as vagas não sejam preenchidas por médicos brasileiros, o ministério vai buscar, sim, médicos que atuam fora. Se for brasileiro formado no exterior terá prioridade. Se for um médico não formado no Brasil e não brasileiro, ele terá que ser formado em universidade reconhecida fora do país e tem que saber falar português", disse.
O ministério já programou duas viagens a Portugal e Espanha para conversar tanto com universidades, como com os ministério da Saúde dos países.  A viagem deve ocorrer nos próximos dias, mas a data ainda não foi fechada, segundo a assessoria da pasta.
"Os dois países sinalizaram que tem médicos brasileiros que se formaram lá que tem interesse em atuar no Brasil e também médicos de lá", disse;
Alexandre Padilha ainda rebateu críticas de entidades ao programa Mais Médicos e voltou a afirmar que faltam médicos no Brasil.
"Não existe nenhuma proposta de em dois anos o médico recém-formado ir para onde não queira. Muita gente quis fazer debate levando confusão sobre este tema. Nós precisamos ter medidas de curto prazo, de médio prazo e de longo prazo para levar médicos para a população. A primeira iniciativa do programa é dar mais oportunidades para os jovens. O programa quer dar oportunidade para todo médico que se forma no Brasil se especializar. (...) O Brasil tem só 1,8 médicos por mil habitantes. Faltam médicos no Brasil. Com supervisão das universidades e remuneração direta do Ministério da Saúde, nós acreditamos que teremos médicos brasileiros preenchendo essas vagas em todas as regiões do país", disse.

Dilma libera R$ 3 bi para municípios custearem saúde e educação


Ao final do discurso, Dilma foi vaiada; 4 mil prefeitos participaram de evento.
Dilma anunciou ampliação do Minha Casa para todos os municípios.

Priscilla Mendes Do G1, em Brasília

Dilma discursa na Marcha dos Prefeitos (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Dilma discursa na Marcha em Defesa dos Municípios (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
A presidente Dilma Rousseff prometeu nesta quarta-feira (10) transferir R$ 3 bilhões aos municípios brasileiros para custeio de saúde e educação. Ela discursou durante 16ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que levou a Brasília mais de 4 mil prefeitos. Ao final do discurso, Dilma foi vaiada.

A verba deverá servir para pagar médicos e professores e demais custos de custeio na área da saúde e educação. Os municípios receberão em duas parcelas,  uma em agosto e outra em abril de 2014, de acordo com a presidente.

“Sabemos que saúde e educação é investimento, mas é custeio. Por isso o governo federal vai transferir 3 bilhões de reais como ajuda financeira aos municípios. Esse 3 bilhões nós esperamos ajudar os prefeitos e prefeitas a prestar serviços de melhor qualidade, a melhorar seu custeio”, disse.
A presidente anunciou também que o governo vai ampliar o Minha Casa Minha Vida para todos municípios com menos de 50 mil habitantes que quiserem participar do programa. "A partir de agora, todos os municípios abaixo de 50 mil podem acessar o programa Minha Casa Minha Vida e oferecer à população da sua cidade o sonho de realizar a casa própria. Nós não vamos mais deixar que haja seleção. Todos os municípios podem executar o programa", afirmou.
Outros valores
Além do R$ 3 bilhões, a presidente anunciou que aumentará o valor do Piso de Atenção Básica (PAB) por habitante, o que injetará mais R$ 600 milhões, no total, por ano, no repasse feito pelo governo, que beneficia cada município.

Ela afirmou ainda que vai repassar R$ 4 mil mensais a mais para custeio das equipes de saúde nos municípios ou na manutenção do posto de saúde. “Se a equipe também for composta por profissionais de saúde bucal, vamos acrescentar entre 2 a 3,9 mil reais”, disse.
Dilma disse também que o governo investirá R$ 3,2 bilhões para a construção 2 mil creches. Ela lembrou que o programa “Mais Médicos”, lançado nesta segunda-feira (8), investirá R$ 5,5 bilhões no Sistema Único de Saúde no próximo ano.
Vaias
A presidente terminou o discurso sob vaias dos prefeitos que assistiam ao discurso. Ela falava que, na gestão pública, “não há milagre”, quando as vaias começaram e diversas pessoas da plateia gritavam “FPM” – o Fundo de Participação dos Municípios.
“Vocês sabem que não tem milagre. Quem falar que tem milagre na gestão pública sabe que não é verdade. Precisamos fazer um esforço muito grande para atender aquilo que é emergencial e olhar como nós resolvemos a questão do financiamento da saúde e educação”, disse a presidente encerrando seu discurso.
Os prefeitos pediam uma posição da presidente sobre o reajuste de 2,5% do FPM, reivindicado pela CNM, mas ela não falou sobre o assunto e provocou as vaias.
Depois que a presidente deixou o palco, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, voltou para esclarecer aos prefeitos que o R$ 3 bilhões anunciados pela presidente equivalem a um incremento de 1,3% do repassse feito via FPM. Ele pediu calma aos presentes e disse que o recurso é o que foi “possível”.
“Eu não saio daqui contente, nem vocês, mas a presidente veio aqui e anunciou. Pra que vaiar? Não é o que nós queremos, mas é o que foi possível. Se não fosse assim, não tinha nada”, disse  Ziulkoski.
Mais tarde, no Palácio do Planalto, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, responsável pela articulação política, reforçou o argumento de Ziulkoski. Ela disse que os R$ 3 bilhões anunciados são “financeiramente equivalentes a 1% do FPM” e que serão repassados de forma direta, sem o desconto compulsório do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).

Ideli explicou que a presidente não anunciou reajuste do fundo porque isso significaria alteração na legislação. “Qualquer vinculação a mais neste momento, dada a situação econômica internacional, a responsabilidade fiscal e o controle da inflação, não seria adequado [fazer o reajuste]”, afirmou.

“A presidenta teve a responsabilidade e também teve a sensibilidade de atender o que os prefeitos estavam pedindo e precisavam, mas o fez com a responsabilidade que o momento exige”, explicou a ministra.

Governo do RS apresenta R$ 4,7 bilhões em projetos de mobilidade


Reunião ocorreu em Brasília na noite de terça-feira (9).
Ministra do Planejamento e do ministro das Cidades participaram.

Do G1 RS

O governo do Rio Grande do Sul apresentou na noite de terça-feira (9), em reunião em Brasília, um conjunto de projetos de mobilidade urbana no valor de R$ 4,7 bilhões. Entre as principais obras estão o metrô de Porto Alegre, para o qual foram solicitados R$ 2,7 bilhões, e ampliações de acessos a áreas mais conturbadas da Região Metropolitana e interior do estado. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, participaram. O encontro faz parte das ações para o Pacto Nacional pelo Transporte Urbano.
Todos os projetos entraram em análise nos Ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e das Cidades, segundo o governo. "Entendemos que há maior viabilidade para o metrô e para os projetos já inscritos no PAC, mas há um período de avaliação que precisamos aguardar", declarou o governador em exercício, Beto Grill.
O prefeito da capital, José Fortunati, também participou da reunião e solicitou maior aporte financeiro para a construção do metrô. O projeto está baseado em um modelo de integração com os sistemas BRTs (transporte rápido de ônibus) e com o Trensurb. Com extensão de 14,88 km, a primeira fase de implantação do metrô prevê 13 estações, distribuídas entre as proximidades da Esquina Democrática e a Fiergs, na Zona Norte.
O traçado projetado passa pelas avenidas Borges de Medeiros (extensão Rua da Praia), Voluntários da Pátria, Farrapos, Cairú, Brasiliano de Moraes e Assis Brasil.
Os projetos apresentados pelo Rio Grande do Sul
1. Avenida Litoral
2. Caminho do Meio - Porto Alegre/Viamão/Alvorada
3. Avenida Frederico Dhiel - Alvorada/Viamão
4. Estrada da Branquinha - Porto Alegre/Viamão
5. Estrada do Conde - Eldorado/Guaíba
6. Thomaz Edison/Feitoria e Prolongamento da Avenida dos Municípios - São Leopoldo e Novo
Hamburgo
7. Corredor de ônibus na Avenida Getúlio Vargas e outras - Esteio
8. Obras de adequação e qualificação das vias urbanas centrais para transporte coletivo -
Erechim
9. Acesso Principal de Guaíba com obras de adequação e ciclovias na Avenida Dona Furtuosa e
Nestor de Moura Jardim - Guaíba
10. Obras de Mobilidade em Santo Antônio da Patrulha, Nova Santa Rita, Montenegro, Estância
Velha, Capela Santana, Rolante, Taquara, Nova Hartz, Sapiranga
11. Rebaixamento do Trensurb - Canoas
12. Aeromóvel segunda e terceira etapa - Canoas
13. Metrô Porto Alegre
14. Aumento em 30 quilômetros de extensão dos corredores de ônibus da região Metropolitana, já inclusos no PAC Mobilidade
15. Trensurb - Aeromóvel na região norte de Porto Alegre ligando ao existente no trecho do
Aeroporto ao Bairro Humaitá e região da Arena
16. Duplicação da Castelo Branco em 12 quilômetros na entrada de Porto Alegre
17. Obras de Mobilidade para construção de 8 Terminais de transbordo do transporte coletivo - Caxias do Sul
18. Viaduto e adequação de vias no trevo de acesso a Santa Cruz do Sul
19. Obras de Mobilidade em Rio Grande
20. Obras de mobilidade em Passo Fundo

Refúgio natural em Viamão, Parque de Itapuã comemora 40 anos


Entrada de visitantes no parque será franca durante todo o mês de julho.
Programação de aniversário prevê ainda diversas atividades durante o mês.

Do G1 RS

Parque Estadual de Itapuã Viamão RS (Foto: Neco Varela/Divulgação Sema)Parque de Itapuã preserva ecossistema original da região (Foto: Neco Varela/Divulgação Sema)
Criado por decreto em julho de 1973, o Parque Estadual de Itapuã está comemorando 40 anos com uma programação especial. A unidade de conservação ambiental localizada no município de Viamão, a 57 quilômetros de Porto Alegre, terá entrada franca durante todo o mês de julho. Trata-se de uma boa oportunidade para visitantes conheceram o local, considerado um refúgio natural e uma boa opção de lazer.
As comemorações iniciaram na manhã desta quarta-feira (10), com a abertura da II Feira Ambiental do parque. Durante a semana, a programação prevê ainda exposição dos trabalhos das escolas públicas de Itapuã e de artesanato indígena, passeio ciclístico, apresentações especiais, trilhas e atividades de educação ambiental voltada a escolas públicas.
Bugio Ruivo Parque Estadual de Itapuã Viamão RS (Foto: FZB RS/Divulgação)Bugio-ruivo é um dos animais que são protegidos na
área do parque (Foto: FZB RS/Divulgação)
No domingo (14), às 11h, na Praia das Pombas, uma solenidade marcará o lançamento do selo alusivo aos 40 anos do parque. Duas outras iniciativas ocorrem nos dias 27 e 28. No sábado (27), está prevista a chegada de um cruzeiro comemorativo aos 40 anos do parque. No domingo (28), ocorrerá a limpeza das praias de Itapuã.
Com área de mais de 5,5 mil hectares, o Parque de Itapuã abriga uma diversidade de paisagens e ecossistemas compostos de morros, praias, lagoas e banhados, além de um grande número de espécies da fauna nativa do Rio Grande do Sul. Algumas ameaçadas de extinção, como o bugio-ruivo, a lontra, o gato-maracajá e o mão-pelada, também conhecido como guaxinim. Capivaras também marcam presença no parque.
Além de inúmeros recursos naturais, o parque também se destina à proteção dos sítios de valor histórico e arqueológico existentes na região onde ocorre o encontro das águas do Lago Guaíba e da Laguna dos Patos, como o Farol de Itapuã, concluído em 1860. Elementos históricos evidenciam fatos da Revolução Farroupilha no Morro da Fortaleza, na Ilha do Junco e na Ferraria dos Farrapos.
As diversas opções de lazer e de infraestrutura são um convite aos visitantes. O público pode desfrutar das praias de águas doces ao longo do Lago Guaíba – Pombas e Pedreira – e da Praia de Fora, banhada pela Laguna dos Patos. O parque dispõe de algumas churrasqueiras à sombra de figueiras centenárias, lancherias, banheiros, vestiários e estacionamento.
Por se tratar de uma área protegida, a visitação é limitada em 350 pessoas ao dia nas praias das Pombas e da Pedreira e 200 pessoas por dia na Praia de Fora. O parque funciona de quarta-feira a domingo, das 9h às 18h. Mais informações sobre a visitação podem ser obtidas com o Centro de Visitantes do parque, pelo telefone (51) 3494-8083 ou pelo e-mail cv-itapua@sema.rs.gov.br.
Parque Estadual de Itapuã Viamão RS (Foto: Arquivo Palácio Piratini/Divulgação)Farol de Itapuã marca encontro da Lagoa dos Patos com o Guaíba (Foto: Arquivo Palácio Piratini/Divulgação)

Sindicato dos Rodoviários pretende manter transporte em Porto Alegre


'Vamos acatar a decisão judicial', diz presidente do sindicato sobre greve.
Júlio Pires, no entanto, diz que muitos profissionais não querem trabalhar.

Do G1 RS
Comente agoraÔnibus Porto Alegre (Foto: Ricardo Giusti/PMPA)Justiça determinou que 50% da frota funcione em
horários de pico (Foto: Ricardo Giusti/PMPA)
Após a divulgação da decisão judicial que garante o funcionamento parcial dos ônibus nesta quinta-feira (11) em Porto Alegre, o Sindicato dos Rodoviários afirma que tentará acatar a determinação da Justiça, mas diz que grande parte dos profissionais não pretende trabalhar e é favorável à paralisação.
Conforme o presidente do sindicato, Júlio Pires, os representantes sindicais estarão nas ruas desde cedo para tentar convencer os trabalhadores a saírem das garagens nesta quinta (11). Segundo o sindicalista, os rodoviários temem problemas de segurança.
“Apesar de não termos sido notificados oficialmente, nós vamos acatar a decisão judicial. Mas sabemos que o trabalhador não quer. Eles dizem que não se sentem seguros para exercer suas funções”, explica Pires. “Amanhã pela manhã nós vamos estar desde cedo para tentar convencer a maioria a trabalhar. Não vai ser fácil”, diz.
Nesta quarta-feira (10), a Justiça do Trabalho deferiu a medida cautelar do Ministério Público do Trabalho (MPT) que solicitava a garantia dos serviços de transporte público em Porto Alegre. Os rodoviários terão de manter 50% dos coletivos circulando nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h30 às 19h30) e 30% nos demais horários. Uma multa de R$ 50 mil foi fixada caso a determinação seja descumprida.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) também garante que irá fiscalizar o serviço. “Todas as empresas estão dispostas, junto com a EPTC, a manter o transporte em operação. Não podemos tirar a única opção de deslocamento das pessoas carentes. O serviço essencial, nós garantimos”, disse o presidente da entidade, Vanderlei Cappellari.
Já o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) do Rio Grande do Sul determinou a suspensão do serviço de transporte coletivo intermunicipal. Foram suspensas todas as chegadas nas rodoviárias previstas para depois das 4h. O serviço só será liberado após nova ordem da direção do Daer, diz o órgão.

'Apagão' deixa consumidores sem energia em Rio Grande, RS


Corte no abastecimento afetou cerca de 89,6 mil clientes por 20 minutos.
Funcionário de companhia elétrica sofreu ferimentos e foi hospitalizado.

Do G1 RS

Os moradores de Rio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul, ficaram cerca de 20 minutos sem energia elétrica na tarde desta quarta-feira (10). O “apagão” deixou 89,6 mil consumidores sem luz na cidade e também no município vizinho de São José do Norte.
Segundo a direção da companhia elétrica responsável pelo abastecimento, a pane ocorreu na subestação localizada na Vila da Quinta, distante 20 quilômetros do centro da cidade. A unidade estava passando por um trabalho de manutenção.
Um funcionário da companhia sofreu ferimentos. Segundo a empresa, ele foi removido para o hospital Santa Casa com 55% do corpo queimado. O nome da vitima ainda não foi divulgado. A companhia diz que não sabe o que causou o apagão.

Acampados, manifestantes passarão a noite na Câmara de Porto Alegre


Movimento por transporte público promete ficar no local até acordo.
Segundo presidente, acordo foi firmado para evitar violência e depredação.

Caetanno Freitas Do G1 RS

Manifestantes sentam na bancada da Câmara de Vereadores (Foto: Tonico Alvares/Divulgação CMPA)Mais de 100 manifestantes ocupam o Plenário, diz vereador (Foto: Tonico Alvares/Divulgação CMPA)
Os manifestantes que ocuparam a Câmara de Vereadores de Porto Alegre no fim da tarde desta quarta-feira (10) passarão a noite do local, conforme anunciaram pelas redes sociais. Eles montaram acampamento no Plenário e prometem sair de lá somente quando suas reivindicações forem atendidas e tiverem a "certeza do passe livre".
Formado por integrantes do Bloco de Luta pelo Transporte Público, representantes de movimentos sociais e estudantes, o grupo quer a implementação do passe livre municipal, publicidade das contas das empresas de ônibus da capital gaúcha e fim de financiamento público para megaeventos, além de mais investimentos em saúde, educação e cultura, entre outras reivindicações.
Presidente da Câmara, Dr. Thiago Duarte, e vereadores dialogam com manifestantes (Foto: Elson Sempé Pedroso/Divulgação CMPA)Presidente da Câmara, Dr. Thiago Duarte, e
vereadores dialogam com manifestantes
(Foto: Elson Sempé Pedroso/Divulgação CMPA)
Momentos após a ocupação durante a sessão ordinária, que foi interrompida, líderes do movimento se reuniram com o presidente da Casa, vereador Dr. Thiago Duarte (PDT). Segundo o vereador, eles se comprometeram a realizar um ato sem violência e nem depredação do patrimônio público.
De acordo com o vereador, cerca de 100 pessoas estavam no Plenário até às 22h. O grupo armou barracas e estendeu faixas e cartazes nas paredes reivindicando passe livre no transporte público da capital gaúcha. No início da noite, a Câmara liberou a entrada de mais manifestantes, que aguardavam no portão de acesso.
“Negociamos com o pessoal do movimento e deixamos quem estava na rua entrar. São mais de cem pessoas aqui dentro. Eles se comprometeram a não causar conflito, não gerar violência e nem depredar o patrimônio público. Isto é o mais importante para nós. A presença da polícia não se faz necessário neste momento”, disse Duarte ao G1.
Ocupação Câmara de Vereadores de Porto Alegre (Foto: Vicente Carcuchinski/Divulgação CMPA)Manifestante monta barraca no Plenário
(Foto: Vicente Carcuchinski/Divulgação CMPA)
O vereador acrescenta que não haverá expediente nesta quinta-feira (11) em virtude da greve sindical, anunciada em todo país. “Amanhã a Casa não vai funcionar porque não teremos servidores trabalhando. Não temos a garantia de transporte público”, diz o vereador.
A Justiça determinou, no entanto, que 50% dos coletivos estejam circulando nesta quinta-feira nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h30 às 19h30) e 30% nos demais horários. O Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre disse ao G1 que irá acatar a decisão judicial, mas não garante a adesão de todos os profissionais da categoria.
Os manifestantes estão na Câmara de Vereadores desde o início da tarde desta quarta-feira, quando começaram as votações das ordens do dia. No início, acompanharam de longe o trabalho dos vereadores. Por volta das 17h30, o grupo de dirigiu para a bancada e interrompeu o discurso de um vereador. A sessão foi encerrada e será retomada na sexta-feira (12).
Ocupação Câmara de Vereadores de Porto Alegre (Foto: Elson Sempé Pedroso/Divulgação CMPA)Manifestantes exigem passe livre nos ônibus da capital (Foto: Elson Sempé Pedroso/Divulgação CMPA)