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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Carnaval de São Paulo tem histórias e inovações nos dois dias de desfile



A sexta-feira começou com homenagem a Beth Carvalho na Acadêmicos do Tatuapé. A tradicional Nenê de Vila Matilde deu a largada no sábado.


O carnaval de São Paulo contou muitas histórias e trouxe inovações, como um rei de bateria. Começou com homenagem a Beth Carvalho. Em recuperação, de uma cirurgia, ela foi representada por uma sobrinha. A Acadêmicos do Tatuapé falou do samba tradicional, de raiz, mas também inovou, com um rei de bateria.
Festa nas arquibancadas para receber a Rosas de Ouro, que falou de festas populares, de outros países, com um quê de carnaval, como o Dia dos Mortos, no México.
O homenageado da Mancha Verde foi o multiartisa Mario Lago. A escola lembrou a boemia no bairro carioca da Lapa, a atuação no cinema, no teatro, na TV.
Destaques importados do Rio Grande do Sul no desfile da Vai-Vai. Elas vieram pisar uvas em pleno sambódromo pra contar a história do vinho. O maestro João Carlos Martins marcou presença.
A X-9 falou sobre a harmonia dos imigrantes em São Paulo, dos vários povos que compõem a metrópole, com os cenários e elementos de cada continente. Destaque para a rainha de bateria, com bebê a bordo.
A imagem símbolo da escola dominou o desfile da Dragões da Real e guardava uma princesa em perigo no carro abre-alas. No fim do desfile, o ser mitológico foi coroado o novo rei do carnaval.
Mais uma homenagem, no último desfile da sexta-feira: a Águia de Ouro lembrou o sambista João Nogueira. O filho dele, Diogo Nogueira, participou na composição do samba enredo e em carne e osso, como destaque.
A tradicionalíssima Nenê de Vila Matilde deu a largada no desfile do sábado. De volta ao Grupo Especial, a escola falou das lutas libertárias em enredo com forte conteúdo político.
Veio o Corinthians. Ou melhor, a Gaviões da Fiel. Praticamente a mesma coisa, na empolgação das arquibancadas. Alguns jogadores, que tinham atuado no sábado à tarde, e a inesgotável Dona Madalena, no vai e vem. “Eu levei a velha guarda um pedaço e agora vou voltar para levar meus cadeirantes deficientes”, conta.
E se a primeira impressão é a que fica, o carnaval 2013 vai deixar boas lembranças e ficar bem na memória: comissões de frente super caprichadas. Teve Zé Carioca, acrobacias. Um grupo da Mocidade Alegre representava o poder da sedução. “A gente quer causar uma impressão logo na abertura da escola”, afirma o coreógrafo André Almeida.
Em todas, concentração máxima antes de começar. Alguns pareciam se preparar para uma luta de MMA. “A responsabilidade é grande, mas a gente treinou bastante”, diz um integrante.
A mocidade propôs visões diferentes de certas histórias. A Branca de Neve era mesmo boazinha? Pecado sempre merece castigo?
Mas, falando nesse assunto, a Tom Maior abusou da sensualidade e falou de tentações, muitas fantasias, em todos os sentidos.
Os 50 anos da imigração coreana conduziram o enredo da Vila Maria. Conhecida por fazer desfiles luxuosos, a escola se superou. “Acho que eu mereci tudo isso. A escola esse ano deixou a gente maravilhoso”, diz a porta-bandeira.
Na Acadêmicos do Tucuruvi, simplicidade cheia de capricho. A homenagem a Mazzaropi vestiu todo mundo de caipira, menos as musas da bateria.
Império de Casa Verde na passarela. O enredo falou da evolução da medicina, dos curandeiros de várias civilizações à mais moderna tecnologia. O domingo amanheceu sobre os 3,5 mil integrantes da escola, os últimos de 45 mil sambistas que fizeram o carnaval de São Paulo.

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