Renúncia de Bento XVI não alavancou venda de passeios.
'Para o turismo, não melhorou nada', diz paquistanês Saqib Chudarry.
Os turistas continuam movimentando a cidade de Roma, na Itália, mesmo em meio à renúncia do Papa Bento XVI. Entretanto, quem vive de vender tours para os visitantes no entorno do Vaticano
tem reclamado dos últimos dias. O paquistanês Saqib Chudarry, de 42
anos, há dois anos vendendo passeios turísticos no Vaticano, torce para
que a escolha no novo Papa aconteça logo, para que os turistas que nunca
vieram a Roma voltem a procurá-lo.
“Ontem [quarta-feira] isso aqui estava lotado, mas não consegui vender
nenhum tour. Essa época do ano é mais vazia, começa a encher em março,
mas este período de saída do Papa está difícil. Muitas pessoas que estão
aqui vieram por causa dele, e não estão interessadas nos tours”,
afirmou o vendedor na manhã desta quinta-feira (28), último dia do
pontificado de Bento XVI. “Para o turismo, não melhorou nada. Esperamos
que com a definição do novo Papa mais pessoas venham.”
'Para o turismo, não melhorou nada', diz guia paquistanês Saqib Chudarry (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Chudarry disse que entre os vendedores de tours, há uma torcida para que o novo Papa seja de um país que fale um idioma conhecido por eles. “Eu falo inglês, então estou torcendo para que seja de um país de língua inglesa, assim vários turistas desse país virão para cá”, afirmou. “Quem fala espanhol está torcendo por um latino-americano.”
Há dois anos em Roma, Chudarry já morou nos Estados Unidos, de onde foi deportado em 2003 após as autoridades descobrirem que ele havia realizado um casamento de fachada para permanecer no país. Muçulmano, ele vê com pesar a saída de Bento XVI, um papa que teve boas relações com sua religião. “Acho que ele deveria ficar até o fim. Ele foi um bom Papa, para mim, foi melhor que João Paulo II”, afirmou.
Para o sucessor, ele espera alguém que possa promover a paz. “O mundo inteiro precisa de paz, acima da religião. Mas no mundo todo, o que as pessoas fazem é apenas política, nada mais do que isso.”
Chudarry disse que entre os vendedores de tours, há uma torcida para que o novo Papa seja de um país que fale um idioma conhecido por eles. “Eu falo inglês, então estou torcendo para que seja de um país de língua inglesa, assim vários turistas desse país virão para cá”, afirmou. “Quem fala espanhol está torcendo por um latino-americano.”
Há dois anos em Roma, Chudarry já morou nos Estados Unidos, de onde foi deportado em 2003 após as autoridades descobrirem que ele havia realizado um casamento de fachada para permanecer no país. Muçulmano, ele vê com pesar a saída de Bento XVI, um papa que teve boas relações com sua religião. “Acho que ele deveria ficar até o fim. Ele foi um bom Papa, para mim, foi melhor que João Paulo II”, afirmou.
Para o sucessor, ele espera alguém que possa promover a paz. “O mundo inteiro precisa de paz, acima da religião. Mas no mundo todo, o que as pessoas fazem é apenas política, nada mais do que isso.”
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