Nenê, Gaviões, Tom Maior e Império também desfilaram neste sábado.
Não houve atrasos nem imprevistos no desfile; apuração será na terça (12).
Nenê de Vila Matilde, Gaviões da Fiel, Tom Maior e Império de Casa Verde também se apresentaram e agora aguardam a apuração dos votos, que ocorrerá na terça-feira (12).
(VÍDEOS AO LADO: Resumo do 2º dia; o dramaturgo Zé Celso em ala de Canudos da Nenê; Sabrina Sato desfila pela Gaviões; bateria da Mocidade Alegre; comissão de frente da Tom Maior; sósia do cantor Psy na Vila Maria; comissão de frente da Tucuruvi; carro abre-alas da Casa Verde)
Não houve imprevistos nos desfiles e nenhuma escola estourou o tempo máximo permitido.
Os desfiles paulistanos homenagearam o centenário do humorista Mazzaropi e os 50 anos da imigração coreana no Brasil. Também abordaram as lutas pela igualdade, a publicidade e as glórias do Corinthians, a sexualidade, a cura e as tentações.
Entre as beldades mais conhecidas, passaram pelo Anhembi Sabrina Sato, Ângela Bismarchi, Adriana Bombom e Caroline Bittencourt.
Mocidade Alegre
À 1h15, os portões foram abertos para a atual campeã, Mocidade Alegre, com o enredo “A sedução me fez provar, me entregar à tentação... da versão original, qual será o final?”.
A escola usou bom humor para recriar dogmas da humanidade, em uma tentativa de questionar verdades e conceitos que são transmitidos de geração para geração. O final de lendas e contos de fadas foi transformado ao longo do desfile: Branca de Neve virou uma moça malvada que come criancinhas, Pinóquio quis continuar boneco de madeira e as madrastas, representadas pelas baianas, viraram "boadrastas”.
Unidos de Vila Maria
A imigração coreana no Brasil foi o tema da Unidos de Vila Maria. Já no abre-alas, um sósia do cantor Psy, que virou fenômeno mundial depois de fazer sucesso na internet, mostrou o lado pop da Coreia.
Também tiveram destaques a tecnologia, a força econômica dos Tigres Asiáticos, as tradições e a história dos coreanos, marcada por guerras. O carnavalesco Chico Spinosa dividiu os 4,5 mil componentes em 27 alas e cinco alegorias.
Um dos carros da escola teve problemas no início do desfile, mas a escola contornou o improviso. Um integrante precisou entrar embaixo da alegoria, que trazia um grande tigre articulado, para ajeitar o eixo. A Vila Maria falou, ainda, de folclore, mitologia e da gastronomia. O desfecho da apresentação deu destaque para as artes marciais, moda, futebol e a amizade entre Brasil e Coreia.
Acadêmicos do Tucuruvi
A vida e a obra do humorista Mazzaropi foram retratados com muitas cores pela escola Acadêmicos do Tucuruvi no Anhembi. Os carros alegóricos representavam as cinco áreas de atuação do artista: o circo, por onde o artista passou na adolescência; o teatro de rua, mambembe; o rádio e sua consagração como artista; o programa Rancho Alegre; e a sua trajetória no cinema.
No carro abre-alas, um parente de Mazzaropi, também comediante, representava o artista em um palco. Vários dos 30 filmes do humorista foram homenageados no percurso, entre eles "O Puritano da rua Augusta", "Candinho", "Meu Japão Brasileiro" e "O Noivo e a Jirafa”
O alegre samba-enredo, com um som de risada no meio, foi um dos destaques da noite. À frente da percussão sambavam a rainha Valéria de Paula, que ocupa o posto há sete anos, a madrinha, a modelo Caroline Bittencourt, além da musa Renée de Oliveira. Outra beldade a desfilar pela escola foi Lívia Andrade.
Nenê de Vila Matilde
De volta ao Grupo Especial, a Nenê de Vila Matilde foi a primeira no Anhembi na 2ª noite de desfiles. A escola defendeu o enredo "Da Revolta dos Búzios à atualidade. Nenê canta a igualdade". Além da insurreição que dá título ao enredo -- que ocorreu na Bahia no século 18 e terminou com 40 revoltosos presos e quatro deles executados --, as 22 alas com 3.000 integrantes no total representaram movimentos como a Revolução Francesa e a Cabanagem, a luta sindical, pela reforma agrária e pela diversidade sexual.
Já no abre-alas, a tradicional Nenê mostrou que vinha com uma proposta diferente em 2013. O enorme carro ocupava quase toda a largura de 14 metros da pista do sambódromo e mostrou a dualidade entre o bem e o mal por fantasias em tons diferentes: azul e branco de um lado e vermelho e branco do outro. Bonecos de águias (o símbolo da escola) montados por pessoas presas por cordas de segurança eram movimentados por 18 funcionários dentro da alegoria. Na bateria, o mestre Renato comandava 250 ritmistas. À frente, vieram a rainha Deborah Caetano vestida de diabo e a diva Adriana Bombom representando um anjo.
Gaviões da Fiel
“Ser Fiel é a alma do negócio”, segundo o enredo da Gaviões. A escola falou da publicidade, da comunicação e das glórias do Corinthians. O desfile marcou a estreia do carnavalesco Max Lopes, do Rio, no carnaval paulistano. Outro que estreou no Anhembi foi o goleiro corintiano Cássio. A escola ainda teve a participação de outros atletas do clube, do publicitário Washington Olivetto e do locutor Osmar Santos.
A Gaviões desfilou com 3,8 mil componentes divididos em 25 alas e cinco alegorias que mostraram a propaganda desde a descoberta do Brasil até os dias de hoje. A bateria teve 250 ritmistas caracterizados como barões do café. À frente, a rainha, Tatiane Minerato, e a madrinha, Sabrina Sato. A ave símbolo da escola abriu e fechou o desfile: fazendo propaganda dos 43 anos da Gaviões, no abre-alas; e ao mostrar as conquistas da publicidade nacional e do Corinthians, na última alegoria.
Tom Maior
Quarta escola da 2ª noite, a Tom Maior falou da sexualidade no enredo “Parque dos Desejos – O seu passaporte do prazer”.
O bilhete de entrada para as atrações propostas pela escola foi retratado como se fosse um preservativo. A agremiação buscou resgatar a história do sexo e transformar o assunto numa brincadeira sem perder de vista a saúde, com alerta pelo uso de preservativos e para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Antes do início do desfile, a vice Miss Bumbum 2012, Andressa Urach, se envolveu em uma polêmica com representantes da Tom Maior. Um diretor da escola e a musa discutiram. Ela alega que tinha recebido a promessa de um lugar de destaque, mas ficou no fundo de um carro e cercada de fumaça. A escola levou ao Anhembi 2,5 mil integrantes divididos em 23 alas e cinco carros alegóricos.
Império de Casa Verde
A Império de Casa Verde encerrou os desfiles do carnaval 2013 de São Paulo com enredo sobre a cura. A sétima e última agremiação da noite entrou no Anhembi às 6h02. A agremiação levou para o Sambódromo também a cura religiosa, espiritual e por meio da medicina ao cantar "Quem canta seus males espanta – pra todo mal, a cura".
A madrinha de bateria, Andrea Andrade, veio fantasiada de Cleópatra. No abre-alas, a escola recriou os jardins suspensos da Babilônia, com vegetação natural. Chamaram a atenção cerca de 800 vasos com plantas naturais.
No carro da medicina moderna, o quinto da escola, 8 mil CDs foram usados para retratar o avanço da tecnologia. Também houve referências a remédios e vacinas.
Confira a seguir algumas imagens marcantes das escolas no primeiro dia de desfiles no Anhembi:
Membros cantam "o, a Nenê voltou", em comemoração ao retorno ao grupo de elite, no carro abre-alas
(Foto: G1)
(Foto: G1)
Um dos carros alegóricos da Nenê (Foto: Raul Zito/G1)
Ala da Gaviões, que contou a história da propaganda em seu enredo (Foto: Flavio Moraes/G1)
O carro abre-alas da Gaviões representou o funcionamento de uma agência publicitária (Foto: Raul Zito/G1)
Nani Moreira vestida de serpente ajudou a abrir o desfile da Mocidade Alegre, que apresentou enredo sobre sedução e tentações (Foto: Raul Zito/G1)
Carro alegórico 'assopra' papel picado por corneta durante desfile da Mocidade Alegre (Foto: Raul Zito/G1)
Carro da Tom Maior, que mostrou um 'parque dos desejos' e enredo sobre sexualidade (Foto: Flavio Moraes/G1)
Em seu quarto carro, a Tom Maior fez referência às mil e uma noites e ao 'Kama sutra' (Foto: Flavio Moraes/G1)
Comissão de frente da Vila Maria representam a fênix para mostrar o renascimento do povo coreano (Foto: Raul Zito/G1)
Destaque do quarto carro alegórico da Vila Maria (Foto: Raul Zito/G1)
Abre-alas 'O Circo: hoje tem gargalhada, tem sim senhor' fala sobre o início da carreira de Mazarropi, quando ele era adolescente e se apresentava no personagem do caipira (Foto: Flavio Moraes/G1)
Humorista de Taubaté interpreta Mazzaropi no carro abre-alas (Foto: Flavio Moraes/G1)
Comissão de frente retrata os xamás fazendo um ritual de cura em torno do Baobá, a árvore da vida para os africanos (Foto: Raul Zito/G1)
Integrante da Império de Casa Verde, última escola do grupo especial do carnaval paulistano a desfilar. (Foto: Raul Zito/G1)
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