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segunda-feira, 4 de março de 2013

Cardeais pedem acesso a dossiê secreto antes do conclave


Nas reuniões que começaram nesta segunda, o colégio vai tentar identificar os potenciais candidatos a Papa, mas só 115 eleitores poderão votar.

Ilze Scamparini Vaticano
Começou a primeira reunião preparatória para a escolha do novo Papa. E os cardeais aumentam a pressão para ter acesso ao dossiê secreto entregue a Bento XVI pouco antes da renúncia.
Nas reuniões que começaram nesta segunda-feira (4), todo o colégio cardinalício vai tentar identificar os potenciais candidatos a Papa, mas só 115 eleitores poderão votar.
Até o modo de vestir dos cardeais é ditado pela Constituição Apostólica. Durante a Sé Vacante eles deverão usar a batina preta com a faixa vermelha. Por enquanto não há nenhuma norma que proíba os cardeais de falar durante o pré-conclave.
Aos 75 anos, o cardeal italiano Antonio Maria Vegliò vai entrar pela primeira vez em um conclave. E também ele poderia ser eleito. Ele quer aproveitar as reuniões do pré-conclave para conhecer os cardeais e alguns segredos do dossiê sobre o vazamento dos documentos secretos do Vaticano.
O cardeal italiano Antonio Maria Vegliò declarou também que, neste conclave, o confronto entre progressistas e conservadores também estará presente.
No domingo (3) uma noticia clamorosa veio da Escócia. O cardeal Keith O'Brien, acusado de ter molestado quatro padres, e que já tinha renunciado a participar do conclave, assumiu publicamente os seus atos inapropriados. Divulgou uma nota pedindo desculpas à igreja e ao povo escocês.
O cardeal italiano elogiou o trabalho de Bento XVI no combate aos abusos sexuais e desabafou: “Parece que agora que todos os padres são pedófilos. As pessoas me olham e eu penso: ‘Vão achar que sou um pedófilo’. Já não se pode mais acariciar uma criança, eu não faço mais porque agora existe um preconceito”, lamenta.
A pedofilia deverá ser um dos temas mais discutidos nas reuniões que começaram no Vaticano.

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