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sábado, 9 de março de 2013

Primeira votação de cardeais deve ser no fim da tarde de terça


Missa 'pro eligendo pontífice' será às 10h de terça-feira (12).
Nos dias seguintes, haverá votações de manhã e a tarde.

Juliana Cardilli Do G1, no Vaticano

A primeira votação dos cardeais durante o conclave que irá eleger o novo Papa deve ser realizada no fim da tarde de terça-feira (12), a partir das 17h, anunciou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, neste sábado (9). A missa “pro eligendo pontifice”, que precede o inicio das votações, será celebra às 10h.

Os cardeais irão se transferir para a Casa Santa Marta, onde ficarão durante todo o período de votação, na manha de terça-feira (12). A ida dos cardeais acontecerá a partir das 7h. Mais tarde, às 10h, acontece a missa “pro eligendo pontifice”, que precede o início das votações.
No primeiro dia de conclave, está prevista apenas uma votação. Segundo o Vaticano, os cardeais devem seguir às 15h45 para o palácio apostólico. Depois, às 16h30, seguirão em procissão da Capela Paulina para a Capela Sistina. Às 16h45, já na Capela Sistina, será feito o juramento, seguido do fechamento da capela e saída das pessoas que não participarão do conclave. Em seguida, começam as votações.

O cronograma prevê que os cardeais concluam os trabalhos às 19h15, retornando para a Casa Santa Marta as 19h30. Às 20h, será servido o jantar.

No dia seguinte, o café da manha será servido entre 6h30 e 7h30. Às 7h45, os cardeais irão para o palácio apostólico, onde das 8h15 as 9h15 será celebrada a Santa Missa na Capela Paulina.

Às 9h30, os cardeais seguem para a Capela Sistina e começa o primeiro escrutínio, como são chamadas as votações. Às 12h30 está prevista a volta para a Casa Santa Marta, com o almoço às 13h.

Durante a tarde, às 16h, eles voltam novamente para a Capela Sistina para as votações da tarde. Os trabalhos devem seguir até 19h15, como no primeiro dia.

Segundo o Vaticano, serão feitas duas votações pela manhã e duas à tarde, até um dos candidatos conseguir mais de dois terços dos votos. As cédulas serão queimadas apenas uma vez por período, e espera-se que a fumaça seja expelida pela chaminé da Capela Sistina às 12h e às 19h.
Caso as votações se prolonguem, e não se resolvam nos primeiros quatro dias, estão previstos intervalos para reflexão e oração dos cardeais. Segundo o Vaticano, podem ocorrer até 34 votações, compreendendo 11 dias. Se ninguém conseguir dois terços dos votos, os cardeais passam a poder votar apenas nos dois mais votados anteriormente – e esses dois deixam de poder votar.
Questionado sobre a possível duração do conclave, Padre Lombardi respondeu que não há como fazer previsões, mas disse que um conclave longo normalmente indica que há uma grande divisão entre os votantes, e que não há nenhum indício disso agora.
Congregações
As decisões foram tomadas na congregação realizada neste sábado, a nona reunião de cardeais antes do conclave. Também foi feito o sorteio dos quartos nos quais os cardeais ficarão na Casa Santa Marta enquanto durar o conclave.
Também neste sábado, foi criada uma comissão de pessoas que trabalham no Vaticano para garantir que ninguém externo tenha acesso a área onde ocorrerá o conclave e a hospedagem dos cardeais. A operação para verificar e garantir essa segurança e segredo será realizada entre segunda e terça-feira.
Na congregação desta manhã, 17 cardeais pediram a palavra – 133 intervenções já foram feitas desde o inicio das reuniões, com alguns dos cardeais falando mais de uma vez. Espera-se que na segunda, quando será feita a ultima congregação, o número de intervenções alcance 150. Entre os temas falados estão a situação da Igreja no mundo, o perfil do futuro Papa e outros assuntos relacionados a Igreja.

Ficou decidido que não haverá congregações no domingo, mas eles se reunirão novamente na segunda-feira (11) pela manhã. Na tarde de segunda, será feito o juramento das pessoas que irão participar do conclave como forma de apoio aos cardeais.

Depois de 5 dias de encontros preparatórios para a eleição do novo pontífice, nesta sexta-feira (8) o padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, anunciou que o conclave começará na terça-feira (12).

A decisão foi tomada na oitava congregação geral, da qual participaram 145 cardeais – incluindo os 115 eleitores. Logo no começo foi feita a votação pela data do conclave. Na primeira votação, a grande maioria optou pelo dia 12, que foi a primeira proposta feita.

Diferentemente do conclave, de que só participam os 115 cardeais eleitores, as congregações reúnem também aqueles que têm mais de 80 anos e que, portanto, não têm direito a voto.

Também na congregação da tarde de sexta, 15 cardeais pediram a palavra e fizeram intervenções. Dois cardeais com mais de 80 anos participaram pela primeira fez e fizeram seu juramento.

Neste sábado, antes da nona congregação, o cardeal francês Jean-Pierre Ricard, arcebispo de Bordeaux, disse à imprensa que o novo papa "deve ser um pastor" e que o perfil do eleito deverá "emergir nos próximos dias".
Funcionários do Corpo de Bombeiros trabalham na instalação de uma chaminé no teto da Capela Sistina, no Vaticano, neste sábado (9) (Foto: Max Rossi/Reuters)Funcionários do Corpo de Bombeiros trabalham na
instalação de uma chaminé no teto da Capela
Sistina, no Vaticano, neste sábado (9)
(Foto: Max Rossi/Reuters)
Fumaça e sigilo
O meio pelo qual o mundo ficará sabendo da escolha do sucessor de Bento XVI – a chaminé que eliminará a fumaça branca, confirmação da eleição de um papa – foi instalado neste sábado no telhado da Capela Sistina. Bombeiros com equipamentos de segurança fizeram o trabalho.

Durante o período das votações, os cardeais não poderão receber informações externas durante a reunião, nem poderão ler jornais, ouvir rádio, assistir à TV ou acessar a internet, como prevê a Constituição Apostólica.

De acordo com Lombardi, para garantir o sigilo do conclave, serão instalados bloqueios de comunicação para impedir o uso de equipamentos e dispositivos eletrônicos, como celulares. A medida já foi tomada com relação à Sala dos Sinodos, onde têm ocorrido as congregações, garantindo o segredo das reuniões.

Os cardeais não terão que passar por revista para entrar na Capela Sistina, local do conclave. Já os funcionários e demais pessoas devem ter de se submeter a um detector de dispositivos. Durante o período de reclusão para a escolha do novo Papa, os cardeais poderão se confessar.
A capela está fechada para a visitação turística desde a última terça-feira (5) e recebe os preparativos para a eleição. Decorada com afrescos dos maiores artistas do Renascimento, como Michelangelo e Rafael, ela fica dentro da ala de museus do Palácio Apostólico, na Cidade do Vaticano.
O trabalho principal de modificação para o evento é elevar o piso da capela. Sobre ele, são colocadas as mesas e cadeiras para acomodar os cardeais. Também são instalados os fornos (também chamados estufas) e a chaminé para o anúncio da escolha do novo Papa, com a tradição da "fumaça branca".
O anel do Pescador do então Papa Bento XVI durante sua visita a Beirute, no Líbano, em 14 de setembro de 2012 (Foto: Reuters)Anel do pescador de Papa Bento XVI (Foto: Reuters)
Anel
Segundo o padre Lombardi, o anel do pescador, que existe em duas formas – o anel propriamente dito que é usado pelo Papa, e uma reprodução, que fica guardada, e pode ser usada como carimbo – já foram anulados. Os timbres a seco usados em documentos pontifícios também foram anulados.
O novo anel do pescador, para o novo Papa, será idêntico, e muda somente o nome do papa, que será escrito no entorno da imagem que fica no centro dele. Isso só poderá ser feito após a eleição e a escolha do nome pelo novo Papa.
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