Para falar sobre a renúncia de Bento XVI e a escolha do novo Papa, o Jornal Globo News Edição das Dez recebeu o professor Francisco Borba, coordenador do Núcleo de Fé e Cultura da PUC São Paulo.
Para falar sobre a renúncia de Bento XVI e a escolha do novo Papa, o Jornal Globo News Edição das Dez recebeu o professor Francisco Borba, coordenador do Núcleo de Fé e Cultura da PUC São Paulo. Segundo ele, o Papa quis passar uma imagem de que a renúncia não era uma desistência, mas outra forma de estar perto da Igreja. Francisco Borba afirmou que o momento está sendo importante tanto para o mundo repensar a imagem que tinha de Bento XVI, quanto para a Igreja repensar a imagem que tinha de si. “Neste sentido, tem sido uma ocasião muito bonita para a história da Igreja”, destacou.
O professor acredita que o conclave deve ser rápido por dois motivos: “primeiro, porque sabemos que isso vai acontecer há muito tempo, então a preparação foi muito maior do que o normal e, segundo, porque estamos no período de Quaresma e se espera que na Páscoa a situação da Igreja esteja normalizada novamente”, explicou. Francisco ressaltou ainda que “a escolha do nome do Papa não é apenas política, é uma questão de espiritualidade da pessoa escolhida”.
Sobre o perfil dos cardeais que participarão do conclave, o professor afirmou que “hoje, todos eles são conservadores do ponto de vista doutrinal e progressistas do ponto de vista social” e acrescentou que “o que muda é o temperamento deles”. Para o especialista, Bento XVI tem um peso político na escolha do novo Papa, mas não na negociação, pois ele estará em uma posição reclusa, afastada da posição dos cardeais que estarão no conclave. Sobre a força moral de Bento XVI, Francisco Borba afirma que ela é muito grande e ressalta que “a renúncia fortalece muito a liderança moral do Papa”.
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