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sábado, 9 de março de 2013

Vaticano anuncia que conclave começa na terça-feira (12)


Em um dos rituais mais secretos que existem, 115 cardeais começarão a escolher o novo papa.

O Vaticano anunciou nesta sexta-feira (8): o conclave que vai escolher o sucessor do papa Bento XVI começa na próxima terça-feira.
Em um dos rituais mais secretos que existem, 115 cardeais começarão a escolher o novo papa. Com 77 votos, que correspondem à maioria de dois terços, a igreja católica terá um novo líder. A missa de abertura do conclave vai ser celebrada na terça de manhã na Basílica de São Pedro.

Nesta sexta, em duas congregações, o diálogo do catolicismo com outras religiões foi discutido pelos cardeais. A presença feminina na igreja também foi lembrada, porque é o dia internacional da mulher.
A presidente de uma associação italiana que reúne mais de 100 teólogas, Marinella Perroni, observa que a mulher estava presente na origem da fé cristã. “A igreja de hoje precisa ser capaz de combater a violência contra as mulheres", diz ela.
Com o conclave se aproximando, alguns nomes se sobressaem, apoiados por grupos diferentes: o italiano Angelo Scola poderia ser o candidato dos europeus e americanos que querem reformas na cúria. Alguns erros de avaliação também podem ser cometidos.
Já faz algum tempo que a imprensa italiana vem insistindo em afirmar que o arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, é um candidato de Tarcisio Bertone, o ex-secretário de estado de Bento XVI e acusado de ter afastado pessoas que queriam moralizar as finanças do Vaticano. O analista de igreja italiano Sandro Magister não concorda com esta tese.
"Temos que fazer uma leitura mais correta. Odilo Scherer trabalhou alguns anos na Congregação dos Bispos, com o cardeal Giovanni Batista. E é ele quem sustenta a candidatura de Scherer", afirma. “Mas não é correto atribuir ao cardeal Scherer a imagem de conservador da desordem atual da cúria, como faz parte da imprensa italiana. Isso seria um abuso”, concluiu.
Para Magister, o candidato mais forte, hoje, é o arcebispo de Nova York, Timothy Dolan.
"A diferença entre Dom Odilo e Scola é que Dolan poderia fazer as suas reformas com um chicote na mão", prevê o analista.

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