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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Saiba o que funcionará em Porto Alegre nesta quinta-feira


Ônibus devem funcionar com 50% da frota nos horários de pico.
Principais hospitais e supermercados também devem atender normalmente.

Do G1 RS

Com uma paralisação organizada pelas centrais sindicais em todo o Brasil, a rotina de Porto Alegre deve mudar nesta quinta-feira (11). Entretanto, a prefeitura da capital do Rio Grande do Sul garante que os serviços básicos serão mantidos. É o caso do transporte público. Segundo medida cautelar deferida pela Justiça do Trabalho, os ônibus devem funcionar com pelo menos 50% da frota nos horários de pico e 30% nos demais horários dentro do município. Os principais hospitais da cidade e supermercados também devem atender normalmente.
Transporte
A Justiça do Trabalho deferiu nesta quarta-feira (10) a medida cautelar do Ministério Público do Trabalho (MPT) que solicitava a garantia dos serviços de transporte público nesta quinta em Porto Alegre. Conforme a decisão, os ônibus devem circular com 50% da frota nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h30 às 19h30) e 30% nos demais horários. Foi fixada uma multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento da medida.
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) foi intimada a fiscalizar e garantir que a decisão judicial seja cumprida. Apesar da sentença exigir 50%, a EPTC pretende que 100% da frota esteja em funcionamento. "Todas as empresas estão dispostas, junto com a EPTC, a manter o transporte em operação. Não podemos tirar a única opção de deslocamento das pessoas carentes. O serviço essencial, nós garantimos", disse o presidente da entidade, Vanderlei Cappellari.

A assessoria de imprensa do Sindicato dos Rodoviários disse que, mesmo com a medida cautelar deferida pela Justiça do Trabalho, a posição da entidade permanece de paralisação das atividades. A mobilização deve começar às 3h da madrugada.

"Para o sindicato, a decisão da Justiça foi irresponsável. Não dão condição de circulação para os ônibus. Os veículos são incendiados e apedrejados durante as manifestações. A categoria já está convencida de que a greve é necessária", declarou a assessoria.
Já o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) do Rio Grande do Sul determinou a suspensão do serviço de transporte coletivo intermunicipal. Foram suspensas todas as chegadas nas rodoviárias previstas para depois das 4h. O serviço só será liberado após uma ordem da direção do Daer.
A Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), que  informou ao G1 que trabalhará normalmente nesta quinta-feira. Segundo a entidade, a fiscalização será normal. Entretanto, cada uma das empresas poderá adotar um posicionamento.
O Trensurb, que liga Porto Alegre a cinco municípios da Região Metropolitana, funcionará apenas durante os horários de pico. Em acordo, ficou definido que as composições do metrô circularão em horário normal das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 20h30.
Saúde
Os hospitais da cidade devem funcionar normalmente nesta quinta-feira. Para garantir o atendimento, alguns providenciarão transporte para os funcionários, para que não dependam de ônibus.
Até as 16h30 desta quarta-feira, a Prefeitura de Porto Alegre ainda não havia informado sobre o funcionamento dos postos de saúde.
Educação
As aulas em universidades e escolas de Porto Alegre devem ficar prejudicadas. Em nota, a PUC anunciou que resolveu suspender as atividades, tendo em vista possíveis dificuldades de deslocamento e de acesso ao campus. Já a UFRGS disse ao G1 que, apesar de haver uma tentativa de a universidade manter os serviços, os alunos estão sendo aconselhados a entrar em contato com a secretaria de cada curso para confirmar se haverá aula. A Associação dos Servidores (Assufrgs) chama os funcionários para uma greve geral, enquanto o Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior de Porto Alegre (Adufrgs) convida os professores para uma manifestação às 16h desta quinta-feira, sem entretanto orientá-los a paralisar as atividades.
A ESPM divulgou em nota que funcionará normalmente, mas sem prejuízos para alunos e funcionários que não conseguirem se deslocar até a faculdade. A UniRitter também informou que as aulas serão suspensas nos dois campi (Porto Alegre e Canoas), nos turnos da manhã, tarde e noite em razão das prováveis dificuldades de mobilidade urbana.
Na Região Metropolitana de Porto Alegre, a Ulbra, em Canoas, disse que as atividades no estado foram totalmente paralisadas em função da falta de transporte. A assessoria da Unisinos, em São Leopoldo, disse ao G1 que antecipou a prova de recuperação (Grau C), que seria na quinta, para esta quarta-feira. Demais atividades, entretanto, devem ocorrer normalmente, já que é o último dia de aula das turmas que ainda não concluíram o semestre. A Feevale, em Novo Hamburgo, também deve funcionar normalmene.

A Secretaria da Educação deixou que a adesão à greve fosse decidida por cada uma das escolas estaduais. O órgão recomenda, no entanto, que os estabelecimentos de ensino que aderirem à paralisação reorganizem os calendários escolares a fim de que as horas de aula perdidas sejam recuperadas.
Em relação a escolas particulares de ensinos fundamental e médio, pelo menos 15 instituções da capital decidiram suspender as aulas. São elas: Colégio Israelita; Faculdade Monteiro Lobato;
Colégio Santa Inês; La Salle São João; Salesiano Dom Bosco; La Salle Santo Antônio; Colégio Monteiro Lobato; Marista Rosário; Marista Assunção; Marista Ipanema; Leonardo da Vinci; Anchieta; São Judas Tadeus; Instituto Santa Luzia; e Santa Cecília.
Até as 16h30 desta quarta-feira, a Prefeitura de Porto Alegre ainda não havia informado sobre o funcionamento das escolas municipais.

Correios
De acordo com os Correios do Rio Grande do Sul, há previsão de funcionamento normal da empresa. Entretanto, a postagem dos serviços Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje serão suspensas na quinta. A entrega de objetos postais também poderão sofrer alterações. O Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do RS, porém, promove uma assembleia na noite desta quarta para decidir se eles devem ou não aderir ao movimento de greve.
Bancos
Apesar de o Sindicato dos Bancários apoiar a paralisação das atividades, a Associação de Bancos do Rio Grande do Sul orientou as agências a atender normalmente o público e tentar manter os serviços com qualidade.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse ao G1 que não tem como controlar uma possível greve, já que ela é convocada pelos sindicatos. Entretanto, a instituição lembrou que a paralisação desrespeita a lei da greve, já que bancos e bancários não estão em negociação e há uma convenção coletiva vigente.
Shoppings e supermercados
Os shoppings Iguatemi, Bourbon, Strip Center, Praia de Belas, Barra Shopping Sul, Total e Porto Alegre Centerlar devem abrir normalmente, segundo seus administradores. Em nota, o Sindilojas Porto Alegre orienta que o comércio funcione normalmente, a fim de recuperar os prejuízos do mês de junho, causados pela diminuição do movimento de consumidores nas lojas e dos atos de vandalismo registrados. Já o Sindicato dos Empregados no Comércio da capital chamou a categoria para sair às ruas e lutar por melhorias.
Também os supermercados devem ter funcionamento normal. A orientação da Associação Gaúcha do setor é de que os estabelecimentos abram como em qualquer outro dia útil.

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