Na véspera, diplomata russo admitiu possível queda do regime de
Assad.
Bombardeios do regime à região de Damasco prosseguiam.
A Rússia disse nesta sexta-feira (14) que não mudou
sua política com relação à Síria, apesar de um diplomata russo ter dito que a
oposição pode ganhar a guerra civil contra as forças do presidente Bashar al-Assad.
As declarações feitas na quinta-feira pelo vice-chanceler Mikhail Bogdanov foram as mais pessimistas até agora por parte da Rússia sobre a situação de Assad, e foram bem-recebidas pelos EUA. O governo norte-americano disse que a Rússia "finalmente acordou para a realidade".
"Bogdanov reiterou a posição da Rússia de que não há alternativa a uma solução política na Síria, baseada no comunicado final do Grupo de Ação que foi aprovado por consenso em uma reunião ministerial em Genebra", disse o ministério, em nota.
Rebeldes combatem na província de Aleppo nesta
quinta-feira (13) (Foto: AFP)
As potências mundiais e regionais que se reuniram em
Genebra concordaram, em 30 de junho, que um governo de transição deveria ser
implementado na Síria para acabar com o
derramamento de sangue no país, mas deixou em aberto qual seria o futuro papel
de Assad.
Não ficou claro se Bogdanov estava falando sobre sua posição pessoal ou se seus comentários refletem divisões dentro da Rússia sobre o conflito de 20 meses na Síria, e como lidar com a situação.
A Rússia sempre disse que a saída de Assad não deve ser uma precondição para o fim do conflito na Síria e defendeu o presidente de resoluções do Conselho de Segurança da ONU que o acusariam pela violência.
Bogdanov, enviado do Kremlin para o Oriente Médio, disse na quinta-feira que os ganhos dos rebeldes no terreno significam que uma vitória final sobre Assad "não pode ser descartada".
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Victoria Nuland disse que os comentários de Bogdanov demonstravam que a Rússia agora "vê o que está escrito na parede" sobre a Síria. Ela disse que a Rússia deveria agora se juntar aos esforços para acabar com a violência.
Bombardeios em Damasco
O Exército sírio bombardeava nesta sexta-feira vários bairros da zona sul de Damasco, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
'Várias explosões foram ouvidas em Damasco em consequências dos bombardeios ao sul da capital', destaca uma nota do OSDH.
De acordo com a ONG, três civis morreram e muitos ficaram feridos em um bombardeio na cidade de Tasil, na província de Deraa (sul).
Na cidade de Aleppo (norte), um insurgente morreu em combates, assim como um civil em Homs.
O OSDH calcula em pelo menos 42 mil o número de mortos desde o início da revolta popular, em março de 2011, contra o regime Assad.
As declarações feitas na quinta-feira pelo vice-chanceler Mikhail Bogdanov foram as mais pessimistas até agora por parte da Rússia sobre a situação de Assad, e foram bem-recebidas pelos EUA. O governo norte-americano disse que a Rússia "finalmente acordou para a realidade".
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Mas o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que
Bogdanov reiterou a posição do país sobre a Síria, reforçando que qualquer
resolução para o conflito deve ser baseada em um acordo fechado em um encontro
internacional em Genebra este ano."Bogdanov reiterou a posição da Rússia de que não há alternativa a uma solução política na Síria, baseada no comunicado final do Grupo de Ação que foi aprovado por consenso em uma reunião ministerial em Genebra", disse o ministério, em nota.
Rebeldes combatem na província de Aleppo nesta
quinta-feira (13) (Foto: AFP)Não ficou claro se Bogdanov estava falando sobre sua posição pessoal ou se seus comentários refletem divisões dentro da Rússia sobre o conflito de 20 meses na Síria, e como lidar com a situação.
A Rússia sempre disse que a saída de Assad não deve ser uma precondição para o fim do conflito na Síria e defendeu o presidente de resoluções do Conselho de Segurança da ONU que o acusariam pela violência.
Bogdanov, enviado do Kremlin para o Oriente Médio, disse na quinta-feira que os ganhos dos rebeldes no terreno significam que uma vitória final sobre Assad "não pode ser descartada".
A porta-voz do Departamento de Estado dos EUA Victoria Nuland disse que os comentários de Bogdanov demonstravam que a Rússia agora "vê o que está escrito na parede" sobre a Síria. Ela disse que a Rússia deveria agora se juntar aos esforços para acabar com a violência.
Bombardeios em Damasco
O Exército sírio bombardeava nesta sexta-feira vários bairros da zona sul de Damasco, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
'Várias explosões foram ouvidas em Damasco em consequências dos bombardeios ao sul da capital', destaca uma nota do OSDH.
De acordo com a ONG, três civis morreram e muitos ficaram feridos em um bombardeio na cidade de Tasil, na província de Deraa (sul).
Na cidade de Aleppo (norte), um insurgente morreu em combates, assim como um civil em Homs.
O OSDH calcula em pelo menos 42 mil o número de mortos desde o início da revolta popular, em março de 2011, contra o regime Assad.

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