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quarta-feira, 30 de maio de 2012


CPI quebra sigilos de e-mail, SMS e Skype de Demóstenes Torres

Além disso, também foram quebrados sigilos bancário, fiscal e telefônico.
Na terça, senador negou ter usado mandato para favorecer Cachoeira.

Os integrantes da CPI Mista que apura o envolvimento do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos e empresários aprovaram no começo da tarde esta quarta-feira (30) a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico, de e-mail, SMS e Skype do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
O senador é suspeito de ter utilizado o mandato parlamentar para beneficiar o esquema do contraventor. Por este motivo, o senador também responde a um processo no Conselho de Ética do Senado, que pode inclusive levar à perda do mandato. Em depoimento no conselho na terça, ele negou ter usado o mandato para beneficiar o bicheiro.
O requerimento que quebrou os sigilos, de autoria do deputado Doutor Rosinha (PT-PR), foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares.
Os integrantes da CPI também aprovaram requerimento que pede ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que sejam encaminhadas informações sobre movimentações financeiras consideradas atípicas do senador Demóstenes Torres. Investigação da Polícia Federal aponta que Demóstenes pode ter recebido o valor de pelo menos R$ 1 milhão, o que o senador negou.
O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO),
no Conselho de Ética (Foto: Fabio Rodrigues
Pozzebom / Agência Brasil)
Conselho de Ética
Em depoimento de cinco horas no Conselho de Ética do Senado na terça (29), Demóstenes Torres voltou a afirmar que é amigo de Cachoeira, admitiu que o contraventor pagava sua conta de celular, mas negou que tivesse conhecimento de irregularidades cometidas pelo bicheiro. Demóstenes disse que vive o "pior momento" de sua vida e que se sente traído por Cachoeira.
Ele afirmou ser vítima do "maior massacre da história".
No depoimento ele afirmou ser inocente das acusações de envolvimento com a quadrilha que explorava jogos ilegais. "Nunca sofri tanto na minha vida. Eu sou um homem que tem vergonha na cara. [...] Eu sou um carola", disse Demóstenes aos demais parlamentares

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