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sábado, 9 de março de 2013

Uhuru Kenyatta é eleito oficialmente presidente do Quênia no 1º turno


Político acusado de crimes contra humanidade recebeu 50,03% dos votos.
Anúncio oficial da Comissão Eleitoral do país foi feito neste sábado (9).

France Presse

O atual vice-primeiro ministro do Quênia, Uhuru Kenyatta, acusado de crimes contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), foi eleito presidente do país no primeiro turno das eleições realizadas na segunda-feira (4), com 50,07% dos votos, anunciou oficialmente a Comissão Eleitoral Independente (IEBC) neste sábado (9).
Kenyatta – filho de Jomo Kenyatta, primeiro presidente do Quênia após a independência do país, entre 1964 e 1978 – será o quarto chefe de Estado queniano, quase 50 anos após a chegada de seu pai ao poder. O político eleito foi acusado de envolvimento em atos de violência após as eleições de 2007.
Uhuru Kenyatta comemora vitória nas eleições do Quênia (Foto: Siegfried Modola/Reuters)Uhuru Kenyatta comemora vitória nas eleições à presidência do Quênia (Foto: Siegfried Modola/Reuters)
"Uhuru Kenyatta obteve (...) 50,07% (dos votos) dos eleitores. Portanto, declaro Uhuru Kenyatta presidente devidamente eleito da República do Quênia", declarou o presidente da IEBC, Ahmed Isack Hasan.
Nesta votação, ele obteve 6.173.433 votos sobre um total de 12.338.667, pouco além da maioria absoluta necessária, segundo um cálculo feito a partir das cifras divulgadas pela Comissão Eleitoral.
O principal adversário de Kenyatta, o primeiro-ministro Raila Odinga, obteve 43,28%, com 5.340.546 votos. A derrota anterior de Odinga, em dezembro de 2007, mergulhou o Quênia por várias semanas em ondas de violência sem precedentes desde a independência do país, em 1963, deixando mais de mil mortos e 600 mil pessoas deslocadas.
O atual presidente, Mwai Kibaki, de 81 anos, não concorreu nestas eleições.
Premiê não reconhece derrota
O primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, não reconhece sua derrota na eleição presidencial, alegando que o processo foi falsificado, declarou neste sábado (9) à AFP seu principal conselheiro, Salim Loane.
Odinga "não reconhecerá o resultado da eleição, contestará os resultados perante a Suprema Corte", disse Loane por telefone à AFP. Odinga "não reconhece esta eleição porque foi falsificada", mas, ao mesmo tempo, convoca seus "partidários a manterem a calma", acrescentou Lone.
Por sua vez, Uhuru Kenyatta e seu companheiro de chapa, William Ruto, disseram em um comunicado que estavam "orgulhosos da confiança" do povo do Quênia.
Apoiadores de Kenyatta já tomam as ruas de Nairóbi neste sábado para comemorar vitória (Foto: Jerome Delay/AP)Apoiadores de Kenyatta tomam as ruas de Nairóbi para celebrar vitória do candidato (Foto: Jerome Delay/AP)
Apoiadores de Kenyatta veem resultado na TV e comemoram na cidade de Kiambu (Foto: Simon Maina/AFP)Apoiadores de Kenyatta veem resultado na TV e comemoram na cidade de Kiambu (Foto: Simon Maina/AFP)
Eleitores de Kenyatta saem às ruas Nairóbi para comemorar eleição (Foto: Jerome Delay/AP)Eleitores de Kenyatta saem às ruas Nairóbi para comemorar resultado da eleição (Foto: Jerome Delay/AP)
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